Planejamento forrageiro – Já planejou a estratégia de dieta do seu gado para o período de transição?

Resumo

O pasto é a base alimentar dos bovinos na pecuária Brasileira, segundo dados da EMBRAPA, no Brasil cerca de 95% da carne bovina é produzida em regime de pastagens, esse dado nos mostra a importância de entender melhor como funciona a estratégia de cada período para se obter uma pastagem de qualidade, sem que haja prejuízos ao produtor. No artigo de hoje, iremos falar sobre as principais estratégias de dieta do  gado para os períodos de transição, para que assim, o pecuarista tenha boas tomadas de decisão e não saia no prejuízo.

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Boa Leitura!

– O pasto é a base alimentar dos bovinos na pecuária nacional!

Segundo o Beef Report (2022), 84,6% dos animais abatidos em 2021 foram criados, recriados e terminados a pasto. Além disso, 70 a 80% do peso vivo dos animais terminados em confinamento (15,4%) são provenientes de sistemas a pasto. Isto nos mostra que, o pasto é a base alimentar dos bovinos na pecuária nacional, com impacto significativo na taxa de lotação e no desempenho animal. Todavia, a produção e a qualidade da forragem oscilam bastante ao longo do ano, principalmente em decorrência das condições climáticas (chuva, temperatura e luminosidade).

– Esteja preparado para os períodos de transições!

Sabemos que o período seco é um grande entrave na produção de animais em pastejo. Contudo, existem épocas do ano que também requerem bastante atenção. Estes são chamados “Transições”, que variam conforme as condições climáticas ao qual estão inseridos, sendo divididos em água-seca e seca-águas. Esses períodos são marcados pelo início das mudanças do ponto de vista quantitativo e qualitativo do pasto. 

A transição águas-seca é caracterizada pela redução das chuvas, temperatura e luminosidade, reduzindo assim a taxa de crescimento do capim. Além disso, essas oscilações resultam em queda do teor de proteína e aumento da fibra. Já o período de transição seca-águas é marcado pelo retorno das chuvas, infrequentes, mais favoráveis para o retorno do crescimento do pasto. 

Figura 1. Teor de proteína bruta do pasto ao longo do ano (Euclides et al. 1999).

– Você precisa entender as condições climáticas!

A época e duração de cada período de transição dependem das condições climáticas, pois essas mudanças não ocorrem de um dia para outro. Geralmente, o modo de identificar esses períodos é quando o clima começa a mudar (redução das chuvas e da temperatura) e quando ele de fato se consolida (ausência de chuvas e estabilidade na temperatura). Após a identificação dessas estações, o que o produtor pode fazer é ajustes estratégicos que vão evitar problemas de desempenho e produtividade.

No período de transição águas-seca, a condição do pasto pré-transição tem impacto direto na sua resposta produtiva, principalmente se encontrarmos uma situação de baixa oferta e estrutura ruim (baixa relação folha/colmo). Além disso, durante essa época do ano as condições climáticas induzem o florescimento da planta que, aliado ao aumento da senescência foliar, reduz a qualidade nutricional dessa forrageira. Como resultado, temos um aumento significativo do teor de fibra e redução da proteína, prejudicando o consumo e, consequentemente, o desempenho animal. 

– Estratégias para boas tomadas de decisões no período águas-seca!

Para que você não passe aperto no período de transição água-seca ou seca-água, nós trouxemos 06 estratégias que te ajudarão na tomada de decisão durante o período de transição águas-seca. 

1 – Faça a identificação do rebanho;
2 – Ajuste na taxa de lotação;
3 – Realize o manejo do pastejo e adubação nitrogenada;
4 – Faça a suplementação com uréia ou proteinado;
5 – Invista na integração lavoura pecuária:
6 – Faça o diferimento do pasto. 

Se você acredita que o problema da pecuária é somente no período de transição águas-seca, se enganou, pois um despreparo para entrar no período da seca-águas também pode ocasionar sérios problemas para seu rebanho.

– Atenção aos problemas ocasionados na transição seca-águas! 

O período de transição seca-águas é marcado pelo retorno das condições climáticas favoráveis para o crescimento do capim. Contudo, alguns problemas podem ser observados durante esse período. Com o retorno das chuvas o pasto começa a rebrotar, surgindo os brotos de capim que são formados por folhas novas com baixo teor de fibra, alta digestibilidade e elevado concentração de proteínas solúveis, o que acaba mudando drasticamente a dieta do animal que vinha consumindo um pasto seco de baixa digestibilidade, ocasionado a famosa “diarreia do broto”. 

Extrapolando as análises dos dados publicados por Pazdiora et al., 2013, para custos de produção e de arroba do boi gordo atual, não foi o animal de maior eficiência biológica que apresentou maior lucratividade. O trabalho demonstra que a maior eficiência biológica foi atingida com média de peso 16,6 arrobas, porém a maior lucratividade foi verificada nos animais de 20,6@.

Essa diarreia é normal, durando cerca de 3 a 7 dias até a estabilização do crescimento do pasto. Todavia, caso esse distúrbio perdure por muito tempo pode trazer problemas aos animais. Além disso, interações negativas com o suplemento de seca que o animal vinha consumindo pode resultar em enfermidades como o timpanismo subclínico e a febre da rebrota. 

– Estratégias essenciais para não ter prejuízo!

Para evitar os problemas de distúrbios alimentares descritos acima, nós trouxemos 4 principais estratégias na tomada de decisão durante o período de transição seca-águas são: 

1 – Usar ionóforos para reduzir a diarréia do broto; 
2 – Fazer a suplementação na transição seca-águas; 
3 – Roçar os pastos altos; 
4 – Fazer o sequestro dos animais.

Não negligenciar o período de transição pode resultar em impacto positivo considerável na produtividade do sistema. Portanto, você deve ter bastante atenção e planejamento, seguindo as dicas descritas acima. Identificar os períodos de transição conforme a sua região e estabelecer ajustes estratégicos descritos pode evitar problemas e garantir uma boa tomada de decisão. O pasto é a principal fonte de alimento do rebanho nacional, sendo assim, o manejo deve sempre priorizar a sua otimização, evitando a sua degradação e garantindo bom desempenho durante as diferentes estações do ano.

– A tecnologia pode te ajudar!

As tecnologias entram com forte influência em todo o processo de formação de pasto, pois contribuem para que o manejo das pastagens seja realizado de forma mais eficiente, permitindo que haja planejamento, gestão e análise de oportunidades para montarmos as melhores estratégias do planejamento forrageiro, e a tecnologia mais eficiente para te ajudar em todo esse processo, é a BovExo, utilizando nossa plataforma.

Nossa solução possui a funcionalidade “estado dos pastos”, que permite a avaliação do estado das áreas dos pastos dos últimos 15 dias e os próximos 30 dias, levando em consideração o tamanho da área do piquete, a forragem manejada, a climatologia, a estratégia de dieta de cada lote e a taxa de lotação. Tudo feito com um sistema de algoritmos precisos, conhecimento zootécnico e indicadores de performance para que você possa ter a tomada de decisão mais assertiva possível para enfrentar o período de transição, garantindo assim a sustentabilidade da atividade a curto, médio e longo prazo.

O que está esperando para conhecer essa e outras funcionalidades da BovExo para enfrentar a seca e fazer parte do time parte do time da pecuária que tem produzido 5@ a mais por cabeça de gado!

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Autor:

Angel Amaral Seixas

Angel Amaral Seixas

Dr. em Zootecnia e Consultor em Forragicultura e Pastagens.

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